Começou na Suécia. Alastrou para a Holanda, Suíça, Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Irlanda. Ultrapassa os limites da Europa: Austrália, Canadá e Estados Unidos também fazem parte. É um movimento horizontal, sem porta-vozes, feito apenas por jovens. Muito jovens, do ensino básico e secundário. E está em crescendo. Fazem greve à escola um dia por semana, exigindo medidas radicais evitar a catástrofe climática.
Primeiro foi uma rapariga sueca de 15 anos, Greta Thunberg, que se manifestava solitariamente em frente ao parlamento todos os dias durante três semanas na altura das eleições de setembro de 2018. Exigia ao primeiro-ministro que tomasse medidas urgentes para diminuir o aquecimento global. Em seguida passou a manifestar-se todas as sexta-feiras e a usar a hashtag #ClimateStrike. Foi juntando outros jovens e tornou-se viral. De tal forma que se tornou uma estrela. Foi convidada à Cimeira do Clima da ONU em Katowice e ao Fórum de Davos onde apontou as incongruências dos líderes mundiais.
Outro exemplo, na Suíça em meados de dezembro eram 400 jovens a manifestar-se em Zurique. A segunda manifestação multiplicou por dez, a terceira, em toda a Suíça, foi com 22 mil jovens.
Para além das greves pelo clima, várias marchas pelo clima têm sido convocadas em vários países da Europa. Outras mobilizações têm sido também massivas como a petição L'affaire du siècle, em França que já conta com mais de dois milhões de assinaturas. Ou o movimento ambiental de desobediência civil Extinction Rebellion.
Movimentos que procuram responder da sua forma à pergunta da jovem Greta Thunberg: “para quê estudar para um futuro que talvez nunca aconteça quando ninguém faz nada para o preservar? Agora é o tempo de nos enfurecermos.”
*Publicado originalmente em esquerda.net
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