Coitados dos portugueses. Não bastassem as perspectivas de um crise contínua, estimulada pelo viés liberal da condução da economia, ainda vão perder quadro de seus 14 feriados. A alegação é a de sempre. As autoridades querem conter os impactos da crise econômica internacional. A receita da austeridade amplia os seus cortes.
A partir de
2013, ficam suspensos, por cinco anos, os feriados de Corpus Christi,
celebrado 60 dias depois da Páscoa, cuja solenidade será transferida
para o domingo seguinte, e o Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro.
A medida vale ainda para as comemorações referentes ao Dia da
Independência - 1º de dezembro e ao Dia da República, em 5 de outubro. A
decisão sobre o fim dos feriados religiosos foi negociada pelas
autoridades portuguesas com a Igreja Católica, por meio do Vaticano.
As medidas de austeridade adotadas pelo governo de Portugal incluem a
redução dos salários dos funcionários públicos e o aumento dos valores
dos impostos. O objetivo, segundo as autoridades, é diminuir o déficit
orçamentário do país e lidar com a crise.
No ano passado, o governo português fechou acordo para receber um pacote
de 78 bilhões de euros repassados pela União Europeia, pelo Banco
Central Europeu e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).