quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estudo questiona relação entre pesquisadores e laboratórios


Uma análise feita por pesquisadores do Georgetown University Medical Center, em Washington, e publicada na revista científica americana PLoS Medicine, questiona os resultados dos tratamentos de reposição hormonal, o mais utilizado pelas mulheres que entram na menopausa. Ao analisar 50 pesquisas sobre o uso dessa terapia, o estudo constatou que a maioria das conclusões positivas foi escrita por autores que possuem ligações com a indústria de medicamentos e que podem até ter recebido pagamentos de laboratórios por palestras ou financiamento de estudos.
Dos artigos analisados, 32 foram considerados favoráveis à terapia, sendo que oito dos dez autores afirmaram ter recebido pagamentos da indústria farmacêutica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, faixa em que a maioria delas entra na menopausa, um número três vezes maior do que em 1990.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Carta para requião

Senador Requião,
eu também sofro com esse problema, que o senhor relatou da tribuna do Senado. Jornalistas bullyinam mesmo. Ainda mais essa imprensa que tem por aí. Comigo não chegaram a fazer nada diretamente, graças a Deus. Mas devo confessar que sofro bullying no meu dia-a-dia.

Já que o senhor disse que devemos fazer alguma coisa contra isso, aproveito para relatar o que vejo e que me incomoda. Sou vítima de políticos. De muitos deles. Veja só. Eles ficam rindo de mim, fazendo pouco caso do meu voto. Ficam zombando do fato de que não sei roubar. Sabe, outro dia eu disse que sou de esquerda e acabei virando motivo de chacota. "Ali um bobão, que acredita em idealismo", riam os políticos de dentro dos gabinetes, enquanto se gabavam das negociatas entre eles. Me senti humilhado. Se eu pudesse, daria um tiro num deles. Mas sabe como é, não sou esquizofrênico e vim de uma boa família, honesta e trabalhadora.

Mas siga em frente, senador. Promova campanhas contra o bullying. O País precisa disso mesmo. Mas quero pedir só duas coisinhas:
Primeiro, que pare de se apropriar de recursos dos cofres públicos com a aposentadoria abjeta e amoral que o senhor recebe.
Segundo: respeite quem trabalha, sem ter os privilégios dos senhores, que fazem da política uma (má) profissão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Renúncia aos concursos

O Diário do Purgatório recebe correspondência assinada do Dr. Régio de Mavideiro. Uma decisão pessoal que ele faz questão de compartilhar. Com a enumeração dos motivos. 

Prezados concidadãos,

Venho através desta insignificante carta maldita dizer-lhes que não mais prestarei concursos. Continuarei enviando e-mails sobre os certames para aqueles que ainda desejam ingressar na carreira pública. Sinto-me velho e cansado. E resumo fatores desfavoráveis que implicam em:
a) competir com os mais jovens; 
b) ficar com a bunda ardida em cadeiras desconfortáveis; 
c) permanecer com o corpo inclinado por duas ou três horas de prova e com o pescoço doendo em posições inadequadas; 
d) acordar às seis ou cinco horas da manhã para se deslocar a escolas longínquas; 
e) perceber que minha escrita está uma lástima e já não consegue mais preencher a folha de respostas dos gabaritos; 
f) e por fim, de não agüentar mais estudar, principalmente sozinho. Diante dos fatos renuncio à minha inscrição em futuros concursos públicos. Para aqueles que continuarem, desejo sorte e uma vida melhor em 2011.

Um abraço a todos e tudo de bom!

Assinado:

Dr. Régio de Mavideiro

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O sentido das tragédias

Terremotos, tsunamis, tornados e outras catástrofes me fazem pensar sobre a arrogância do ser humano. Qual o sentido do desafio de erguer prédios altos em regiões que balançam. Construções que conseguem permanecer em pé mesmo com a terra balançando devem dar um sensação aos engenheiros de que tudo podem.

A construção de uma usina nuclear em frente a uma praia, como ocorreu no litoral do Japão, sujeito aos tremores de terras e às terríveis ondas, só pode ser creditada a esta terrível arrogância humana.